sexta-feira, 12 de maio de 2017

E que trimestre!
Fevereiro, Março e Abril/2017:
Receitas, Despesas, Aportes, Carteira & Proventos

Meus amigos, voltei!


Aproveitando-nos da poesia “Solteiro de Novo”, futuro clássico da música popular brasileira, cantada por Gaúcho, Ronaldinho, e Safadão, Wesley, comemoramos nosso retorno às atividades aqui no blog após um período de três meses repleto de novidades e aprendizado.



Meus amigos, voltei - eu tava ficando doido. Poesia do séc. XXVI

O bacana de ficar um tempo sem escrever foi que pudemos acompanhar a concretização de algumas ações que havíamos previsto na postagem anterior e, de fato, muita coisa aconteceu! Enfim, quase como a saudosa ave Fênix, ressurgimos das cinzas poeira para compartilhar um pouco mais sobre nossa caminhada rumo à IF.

Nesse período, passamos cerca de um mês literalmente “comendo poeira” enquanto enfrentávamos mais uma parte da reforma em casa. A estratégia que adotamos lá no começo foi a de fazer o mínimo necessário pra que tivéssemos condições de morar confortavelmente e depois, aos poucos, investir em melhorias pra ampliar a qualidade de vida em nosso lar, sem sacrificar outras vertentes fundamentais em nossas vidas, tais como lazer e aportes, por exemplo.

Assim como nosso herói aqui, mais uma vez estamos de volta!

Ao que parece, finalmente estamos chegando ao ponto que queríamos lá atrás, restando ainda alguns detalhes para maio, mas já podemos afirmar que há tendência de drástica diminuição nessas despesas de junho em diante.
 

Com relação aos investimentos, várias novidades: zeramos posições em títulos públicos, fizemos algumas operações interessantes em bolsa e passamos um bom tempo analisando a possibilidade de diversificação de carteira através de uma modalidade que até então nos era estranha: leilão de imóveis. Até nosso carro acabou entrando na jogada...
 

Curioso? Vem com a gente!


Resumo do Trimestre


Receitas
 

(i)    as receitas "passivas" ficaram em linha com os investimentos aos quais estivemos expostos no período considerado, ultrapassando a barreira de R$1k pela primeira vez no mês de fevereiro. Contudo, ainda falta um pouco mais de robustez à carteira pra que esse patamar se repita costumeiramente.

(ii)    ativas “ordinárias: mantida a média do que vinha sendo auferida em meses anteriores;

(iii)   ativas “extraordinárias: aqui houve algumas novidades que merecem destaque:

         (a)    em março houve uma receita extraordinária de R$7,5k, decorrente de um empréstimo (!) ao qual recorremos para explorar uma oportunidade que surgiu repentinamente num momento em que nossas reservas líquidas (D+0 e D+1) estavam muito baixas em função dos gastos elevados a que estávamos  submetidos durante a reforma da casa;

         (b)    no mês de abril houve uma receita extra de R$10k, recebida como entrada pelo parcelamento na troca do nosso veículo por outro mais popular. Vender o carro foi uma opção que encontramos para viabilizar a entrada no novo investimento (imóvel através de leilão) sem que tivéssemos que nos desfazer de posições em ações e FII;

         (c)    trade – mantiveram-se em percentuais relativamente elevados, chegando a quase 25% da renda total de fevereiro e a 31% no mês de março.

Fevereiro


Nesse mês decidimos iniciar a venda de nossas posições em títulos públicos, visando ao aproveitamento da valorização derivada das expectativas (que estão se confirmando) de baixa na taxa Selic.

Em ações, ITSA4 e WEGE3 saíram com excelentes ganhos e só foram vendidas após a data “ex”, garantindo ainda receita adicional em proventos de dividendos/JSCP pagos em março.

Nos FII, ABCP11 foi mesmo uma boa "aposta": como previsto, o yeld pago em fevereiro foi bem superior ao dos outros meses do ano, chegando a pouco mais de 0,9%, enquanto a operação de compra (janeiro) e venda (fevereiro), rendeu um ganho líquido adicional de 4,5%. Pena que de lá pra cá o ativo só tem subido. Gostamos dele, mas na faixa dos R$15 não temos a menor pretensão de comprar novamente.

Março


Aqui finalizamos a venda de nossas posições em títulos públicos com resultados satisfatórios. Como no Brasil há sempre certeza de que mais cedo ou mais cedo tarde haverá nova escalada dos juros, quem sabe não voltamos num futuro não tão distante? No entanto, o foco seria, então, nos papéis mais longos, cujo potencial de ganhos permite oportunidades tanto se levar até o final quanto em operações de curto prazo. Win-Win!? Depende da tolerância às oscilações...

Em ações, AMAR3 e TUPY3 ficaram por pouco tempo (menos de dois meses), mas ofereceram bons retornos, sempre dentro do limite de vendas de R$20k na Bovespa para isenção do imposto de renda.

Nos FII, acreditamos que a Anhanguera cumpriu seu papel: ao longo de todo o período em que esteve em carteira, sempre entregou yeld superior a 1% e nossas cotas foram vendidas com valorização líquida de 47,4%. A receita de R$3,4k, já descontado o I.R. recolhido no mês seguinte, equivalia quase 42 meses do valor que seria recebido em aluguéis. É possível que suba ainda mais? Claro, mas pra nós foi mais que suficiente e liberou recursos para novos aportes.

Abril


A receita com trade foi menor em abril, mas ainda assim foi muito importante para a consecução dos objetivos traçados. Natura patinou por vários meses e decidimos não “pagar pra ver até onde iria” – vendemos com alta de quase 15% (cotação de agora: R$35,61 – R$7 acima do nosso preço de saída!!), enquanto Suzano foi uma operação curta, visando a uma receita extra com recursos que estavam parados em conta.

Nos FII tivemos as saídas de BBPO e NSLU, ambos com yeld e valorização líquida satisfatórios. As receitas de R$640 e R$348, já líquidas do I.R. recolhido no mês seguinte, equivaliam a quase 36 e 16 meses do valor que seria recebido em aluguéis, respectivamente.


Despesas


Como havíamos previsto lá no post anterior, as despesas dos meses de fevereiro, março e abril foram fortemente impactadas pela reforma que fizemos e que consumiu praticamente a totalidade das receitas obtidas com trade. A previsão inicial era gastar menos de R$25k com isso (incluindo aí materiais, mão de obra, marcenaria, entre outros) mas fechamos abril em R$28,5k, faltando ainda gastos com utensílios, que deverão ser finalizados agora em maio. Ufa!

Assim, a tendência é termos um gasto ainda elevado em maio, voltando aos patamares de 2016 a partir de junho, quando esperamos retomar a normalidade em nossa rotina, finalmente. Oremos!



Aportes, Carteira e Proventos

O aporte total nesses três meses foi de aproximadamente R$19,8k, deixando a carteira com a seguinte distribuição:

Fevereiro, Março e Abril/2017: Aportes, Carteira e Proventos

Como previsto lá atrás, a reserva em CDB foi “dilacerada”, passando de R$12,6k em janeiro para pouco menos de R$300 ao final de abril. O fato de termos trabalhado com dinheiro mais à mão garantiu bons descontos nas compras de produtos e serviços para a reforma. Analogamente, a carteira de títulos públicos foi zerada no período, com a vantagem de termos saído num momento de alta nos preços que conferiu ganhos interessantes, como mostrado na seção que abordou receitas com trade.
 

Na carteira de ações, Klabin, Portobello e Usiminas entraram e Itaúsa, Natura e Weg saíram. Houve aumento de posição em Cielo (aporte + bonificação), Embraer e Eternit, além de operações de trade com Lojas Marisa, Tupy e Suzano. Todas as saídas e seus respectivos resultados foram registrados na seção correspondente nesta postagem, lá em cima, assim como as que envolveram FII.
 

E por falar em FII, a principal operação consistiu na venda de Anhanguera e aquisição do fundo Mérito (MFII11). BBPO e NSLU saíram e houve aumento de posição nos demais ativos da carteira, à exceção de AGCX, que neste momento nos parece pouco atrativo para novas entradas e BBRC, que está em observação. Observando a carteira, nota-se que esses são os únicos com aporte abaixo de R$5k. No geral, a carteira de FII tem agradado, com rendimento médio na casa dos 0,9% a.m. Novas entradas continuam dependentes de janelas de preço. Estamos de olho!
 

O valor em imóveis registrou os desembolsos de um investimento que ainda está sendo montado, relacionado ao mercado de leilões e o valor deve aumentar nos próximos meses, uma vez que a estratégia envolve financiamento, reformas e, possivelmente, despejo. O prazo  estabelecido para maturação e finalização do negócio é de 18 meses a partir daquele mês e estamos registrando absolutamente todos os passos a fim de verificarmos, na prática, se é uma boa ou não.

Alto risco? Sim, mas controlado. Além disso, há muita burocracia envolvida, o que dificulta as coisas e toma um bom tempo da gente. No entanto, esperamos sair dessa experiência com uma bagagem que permita termos uma nova fonte de renda no futuro.

Observação: Na última linha do quadro acima, as células em azul mais escuro indicam o total da carteira (medido pelo valor aportado) e os proventos recebidos ao longo de 2017


A relação Aportes X Carteira ficou assim:

 


Considerando os 28 meses de acompanhamento, o aporte médio foi de R$6,7K; já a média de proventos, considerando apenas o ano de 2017, é de R$816,31.


Índices relevantes


Levando em conta apenas a renda passiva, estabelecemos duas métricas com o intuito de acompanhar nossa evolução. Para o mês de abril, temos o seguinte:


Sustentabilidade Financeira               [renda passiva X despesas obrigatórias]: 10,1%;
Independência Financeira [renda passiva X despesas (obrigatórias + eletivas)]:   5,4%.



Até a próxima!